Na reunião ordinária desta segunda-feira, 28 de janeiro, entraram em pauta dois projetos de lei. O presidente da Câmara, Dilhermando Rodrigues Filho (Dilé) abriu a sessão colocando em discussão a proposição nº 01/2019 de autoria do Executivo Municipal, autoriza o Município de Pará de Minas, a promover a disposição de 04 (quatro) servidores públicos municipais, ocupantes do cargo de Vigia, Técnico em Enfermagem, Fisioterapeuta e Enfermeiro, com ônus para o Município de Pará de Minas inscrita no CNPJ sob o nº 20.898.458/0001-77 mediante a formalização de instrumento próprio, na forma da Lei. Em seguida, foi discutido o Projeto de Resolução nº 01/2019 - autoria do vereador Nilton Reis Lopes, confere homenagem na forma do art. 40, inciso XV, da Lei Orgânica Municipal. As duas matérias foram aprovadas pelos parlamentares, em primeira e segunda votação por 14X00.
Prosseguindo a reunião, a maioria dos vereadores fez uso da tribuna para falar sobre a poda de árvores na avenida Presidente Vargas e a tragédia na barragem de rejeitos da empresa Vale, na cidade de Brumadinho. O vereador Ênio Talma comentou o requerimento de autoria do colega Marcus Vinícius pedindo explicações sobre a poda de árvores na avenida Presidente Vargas. Ênio questionou se algum dos vereadores conhece o projeto de revitalização da via. De acordo com Ênio Talma, espécies que estão no local a mais de cinquenta anos deverão ser preservadas. O vereador comentou ainda sobre a tragédia em Brumadinho, ressaltando que o desastre foi anunciado, mas a sanha capitalista resultou na perda de inúmeras vidas, além da contaminação do rio Paraopeba, afetando o abastecimento de água potável de milhões de pessoas. O vereador Carlinhos do Queijo fez um questionamento acerca da mineradora Lamil, dizendo que pedirá informações sobre os riscos que a empresa traz à população de Pará de Minas e se for necessário criará uma frente parlamentar para apurar a situação.
O vereador Dé Pedreiro esclareceu que a poda de árvores será apenas das plantas que estão danificada e apresentam risco de acidentes. Um laudo técnico mostrará o problema e a necessidade de cortá-las.
O vereador Rodrigo Varela demonstrou indignação sobre a falta de informação de projeto que revitalizará a avenida Presidente Vargas e que está assustado porque até o momento os ambientalistas não manifestaram sobre a poda das árvores. Destacou a importância de ter responsabilidade quando o assunto é a natureza.
O vereador Carlos Lázaro pediu ao presidente da Comissão de Saúde, Ênio Talma, que na reunião de terça-feira (29/01), ele convide o superintendente da Águas de Pará de Minas para participar do encontro para esclarecer a situação do rio Paraopeba em relação a tragédia de Brumadinho que contaminou a água.
O vereador Marcílio de Souza comentou sobre o requerimento de sua autoria solicitando a participação da concessionária de Águas de Pará de Minas na reunião ordinária da Câmara para que a população seja esclarecida sobre a real situação do abastecimento de água do município devido a contaminação da água do rio Paraopeba. Disse também que espera um endurecimento das leis ambientais sobre as mineradoras que não se adequam as normas e provocam essas tragédias.
O vereador Rodrigo de Torneiros parabenizou as equipes do Corpo de Bombeiros e de Israel pelo trabalho de buscas das vítimas e de sobreviventes. Pediu ao presidente da Câmara para que seja feita uma nota de repúdio e empresa Vale pela negligência e irresponsabilidade que provocou a morte de tantas pessoas.
O vereador Marcus Vinícius (Marcão) repudiou a atitude de alguns deputados que fizeram vídeos em Brumadinho, mas quando precisaram tomar providências na tragédia de Mariana em 2015 e nada fizeram. Ele espera que o projeto de lei nº 3312/2018 seja desarquivo e votado para mudar essa triste realidade.
O presidente Dilé manifestou insatisfação com entrevista de vereadores que disseram ser favoráveis que a prefeitura reduzisse o repasse mensal de 7% para Câmara. "Um deles disse que esse repasse deveria ser de 4%, mas esse vereador quando foi presidente não tinha realizado o concurso público e nem feito as onze contratações dos servidores aprovados. Na época esse mesmo presidente gastou 5,65% dos 7% repassados e devolveu à Prefeitura 1,35%. Nem o próprio colega conseguiu gastar só 4% a mais de três anos atrás. A Câmara e a Prefeitura são poderes distintos e o percentual repassado é constitucional. A obra da Câmara precisar ser finalizada e se sobrar dinheiro farei a devolução".