No gabinete do prefeito de Pará de Minas Elias Diniz, aconteceu mais uma reunião para evitar o fechamento do Hospital Nossa Senhora da Conceição, na tarde dessa quarta-feira, 12 abril. Estiveram presente o provedor e diretores da Irmandade, o deputado estadual Inácio Franco, o presidente da Câmara, Mário Justino, os vereadores Rodrigo Varela, Marcão, Dé Pedreiro, Carlinhos do Queijo, representantes de conselhos municipais, do Grupo Mais, do Observatório Social, da OAB e a presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais, Kátia Rocha.
O prefeito afirmou que a área da saúde é prioridade e tem atenção especial nesta administração, mas que não assumirá responsabilidade acima da capacidade financeira da Prefeitura, quanto ao valor de repasse para o hospital. “Na realidade o problema vem se arrastando há muitos anos, mas vamos honrar nossos compromissos. Na semana que vem, assim que o hospital assinar o convênio com a Prefeitura, o recurso de R$460 mil será depositado na conta da Irmandade. A partir de maio faremos o repasse mensal de R$170 mil. Assim que integrarmos a base de dados do sistema de saúde municipal com a base de dados do hospital Nossa Senhora da Conceição ajustaremos nossos custos operacionais, facilitando a redução de custos. Até o final do ano, valor de R$2 milhões e 40 mil que o município deve ao hospital será pago. O mais importante é continuarmos a cobrança do Estado que nos deve mais de R$7 milhões de repasse à saúde” explicou Elias Diniz.
Insatisfeito com o resultado da reunião, o provedor do hospital, Osvaldo Alves Leite, disse que a proposta da Prefeitura não resolverá o problema financeiro da entidade, que necessita de verba urgente. Mas garante que o hospital não fechará nos próximos dias. “Foi uma reunião improdutiva por que o município quer resolver uma situação com R$170 mil, quando nós temos uma despesa mensal de R$600 mil. Temos mais de três meses de plantões em atraso. A situação é crítica, mas vamos tentar mantê-lo em funcionamento enquanto for possível. A responsabilidade da saúde pública não é só do município, mas também do Estado e da União. Não temos outro dinheiro para pagar as despesas com plantões. O governo do Estado tem atrasado quase três meses o repasse do programa Rede Resposta que é usado para esse fim, além de enviar um valor inferior ao acordado” pontou o provedor.
Presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais, a advogada do Hospital Nossa Senhora da Conceição, Kátia Rocha demonstrou certa contrariedade quanto a proposta feita pelo prefeito Elias Diniz. “Nós entendemos a dificuldade do município, quando o prefeito diz que só tem condições de repassar R$170 mil de um total de R$400 mil que o hospital necessita. O que nós propusemos aqui foi encontrar soluções rápidas, pois o paciente precisa ser atendido, o médico precisa receber, o medicamento precisa ser adquirido, e nós sabemos dos problemas de repasse do SUS, mas não conseguimos funcionar sem cumprir nossas obrigações. Esperamos uma solução amigável, na reunião que teremos na próxima semana. Se o município não puder impactar com dinheiro diretamente, nós podemos pactuar com outros serviços indiretos. Estou confiante que essa solução sairá, mas tem que ser rápida para que a população não seja prejudicada”, comentou Kátia.
O presidente da Câmara, Mário Justino manifestou esperança de um acordo entre as partes. "Sabemos das dificuldades de ambos os lados, por isso acredito em um acordo entre a Prefeitura e Hospital na reunião da próxima semana".
Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Pará de Minas