Prontamente o prefeito se dispôs a recebê-los na manhã desta segunda-feira, em seu gabinete para esclarecimentos das dúvidas. O vereador Silvério Severino foi o primeiro a falar, pedindo mais informações sobre as ações efetivas do executivo municipal, quanto ao abastecimento em Pará de Minas. Segundo Antônio Júlio uma força tarefa foi montada para atuar no abastecimento emergencial tanto na cidade como nos distritos e povoados, mas concorda com Silvério no que diz respeito a melhor divulgação dos atos sobre este assunto. “A prefeitura possui 9 poços artesianos, 7 reservatórios e mais 19 poços perfurados pela Copasa, em diversos bairros. A falta de planejamento da concessionária e a escassez de chuvas dos últimos três anos são os motivos que agravaram a situação em Pará de Minas. Antes de passarmos por essa crise ninguém se preocupou o quanto o município consome de água. Temos hoje, 20 caminhões-pipa da Copasa e mais 5 da prefeitura transportando por dia aproximadamente 1 milhão de litros de água” argumentou Antônio Júlio.
O vereador Rodrigo Varela que havia solicitado o cadastramento do número de pessoas acamadas e com algum tipo de deficiência também obteve a resposta. Segundo o prefeito, uma van doada pelo IMA tem atendido especialmente 25 famílias nesta situação, reduzindo o número de dias sem abastecimento de água nestas residências.
O vereador Leandro Alves também se pronunciou, questionando a possibilidade de notificar e até mesmo multar pessoas que fizerem uso inadequado e provocando o desperdício de água. De acordo com o prefeito é uma sugestão que precisar ser bem estudada, pois o momento é de amadurecimento e de conscientização da população.
O secretário de planejamento urbano, Jurandyr de Faria Leitão, que participou da reunião ressaltou que a Copasa nestes 35 anos de concessão, jamais fez qualquer investimento para modernizar o sistema de abastecimento em Pará de Minas, que até o hoje é feito manualmente. Por isso, concessionária tem dificuldades de fazer as manobras de rodízio e não consegue cumprir os prazos para religar o fornecimento de água. “A nova empresa que ganhar a licitação terá que investir em tecnologia. Nas empresas que visitaram em outros estados, atualmente tudo é monitorado por computador, principalmente para abrir ou fechar uma comporta, então a ação é rápida” concluiu Jurandyr.
O vereador Dé Pedreiro mencionou também a falta de investimento nas redes pluviais e tubulações do município, afirmando que a maioria foi construída a mais de 30 anos.
O vereador Flávio Medina entregou ao prefeito um ofício, sugerindo algumas medidas para minimizar as dificuldades enfrentadas pela população. Antônio Júlio recebeu o documento e afirmou que várias ações sugeridas já estão em andamento. “Por causa desses descasos que tomei a atitude de enfrentar a Copasa e iniciei a licitação. Tenho consciência que entraves jurídicos têm prejudicado o andamento do processo, mas já tomamos as devidas providências e vamos resolver esse problema” afirmou. No final da reunião, vereadores e prefeito fizeram um balanço positivo do encontro.