Nesta segunda-feira (17), a Câmara Municipal de Pará de Minas abriu as portas para a 13ª Reunião Ordinária dos vereadores neste ano de 2023. O assunto que predominou no plenário foi a preocupação com a dengue.
Atendendo a requerimento do vereador Carlos Lázaro, estiveram no plenário, a coordenadora da Vigilância em Saúde, Ana Carolina Campolina, a referência técnica do setor, Maria de Lourdes Liguori e Douglas Duarte, supervisor geral de endemias da Secretaria Municipal de Saúde. Eles falaram sobre a atual situação e apresentaram números da dengue e chikungunya em Pará de Minas. “Entrei com esse requerimento na Câmara Municipal solicitando a presença dos profissionais da Vigilância em Saúde aqui no plenário. Nós estamos realmente preocupados e eles vieram para tratar desse assunto de interesse de todos. Hoje, temos que cobrar da população, não é responsabilidade só da prefeitura. Vamos agora atuar juntos, informando a comunidade sobre o risco das doenças e as formas de se combater o mosquito. Nossa proposta é chamar a atenção da população e lembrar dessa responsabilidade que todos temos”, disse o vereador Carlos Lázaro, presidente da Comissão de Saúde da Câmara.
“Aprovamos esse requerimento que trouxe os profissionais de saúde aqui porque sabemos que os casos estão crescendo e isso nos preocupa muito. Eles trouxeram informações muito importantes que vão contribuir com a discussão. É um assunto muito sério que ainda depende da consciência das pessoas. Sei como é o trabalho, no ano de 2000 eu fui agente de combate à dengue e conheço as dificuldades do acesso às residências, isso não mudou. Agora, pedimos a toda a população que se conscientize e faça o seu papel na prevenção e elimine o Aedes aegypti da sua casa ou local de trabalho”, disse o vereador Ronnie Barbosa, membro da Comissão de Saúde.
Só em 2023 já são 1092 casos suspeitos de dengue notificados e 57 confirmados. Em relação a chikungunya, Pará de Minas tem 41 casos notificados. A preocupação é que o município tenha novamente uma epidemia de dengue como em 2016, 2019 e 2020, quando mais de 5 mil casos suspeitos da doença foram registrados pela Secretaria Municipal de Saúde. “A gente se encontra em um período de alta transmissão e ainda não decretamos uma epidemia. Acho que o município de Pará de Minas tem conseguido segurar bastante essa epidemia, comparando com os demais municípios aqui da região. Vocês podem ver que as unidades básicas de saúde não estão lotadas e não temos uma superlotação da UPA. Acho que isso tudo é devido ao trabalho que fizemos anteriormente com ações de bloqueio”, disse Ana Carolina Campolina.
A Secretaria de Saúde lembra que todos os casos suspeitos são tratados como se fossem confirmados, para que a assistência ao paciente não atrase. “Como são doenças de notificação compulsória de casos suspeitos, a gente não trabalha em cima de casos confirmados. As ações de assistência têm que ser efetivas com o caso suspeito. Se temos pacientes nas unidades com sintomatologia para dengue, chikungunya ou zika, vamos tratar como se fosse um caso já existente. Se formos esperar o resultado do teste ficar pronto perdemos a oportunidade de tratamento e esse caso pode se agravar e evoluir para um óbito”, explicou Maria de Lourdes Liguori.
“A população tem que se conscientizar! Não há o que fazer se nós, enquanto população, não cuidarmos da nossa casa, da nossa empresa e aceitar a visita dos agentes de combate a endemias, isso é obrigação de todos. Não adianta o poder público investir tanto se as pessoas não tomarem consciência sobre o risco e a gravidade dessas doenças. Não é responsabilidade só da Prefeitura ou da Câmara”, disse o presidente, vereador Márcio Lara.
O Projeto de Lei Ordinária nº 30/2023 estava em pauta na reunião desta segunda-feira, mas teve novo pedido de vista aguardando uma reunião com o secretário municipal de assistência e desenvolvimento social, Flávio Medina. O texto trata da instituição em Pará de Minas da Política Municipal para a População em Situação de Rua – PPSR.
A proposta tem o objetivo garantir a continuidade dos serviços ofertados à população de rua e avançar sobre as novas demandas que surgem no dia a dia, entre elas assegurar a essa parte da população o acesso amplo, simplificado e seguro aos serviços e programas que integram as políticas públicas de saúde, educação, assistência social, moradia, segurança, cultura, esporte, lazer, trabalho e renda.
Foto de capa: Imagem de jcomp no Freepik
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