Um vídeo que circula nas redes sociais denuncia o descarte irregular de esgoto na Estação de Tratamento deste resíduo, que é de responsabilidade da concessionária Águas de Pará de Minas, localizada no bairro União. O cidadão que fez a imagens de um caminhão, com a logomarca da concessionária, que faz limpeza de fossas, alega que os dejetos eram retirados da ETE e despejados no leito do ribeirão Paciência.
A direção da Águas de Pará de Minas publicou um comunicado desmentindo as acusações e na manhã desta segunda-feira, 17 de dezembro, o superitendente Thiago Contagem visitou o local acompanhado de vereadores, fiscais da ARSAP - Agência Reguladora do Serviço de Água e Esgoto de Pará de Minas e de policiais do meio ambiente. Thiago esclareceu que a ETE tem capacidade para tratar 180 litros por segundo de esgoto doméstico e nenhum dejeto foi lançado no manancial. "Nosso departamento jurídico já está tomando todas as providências em relação ao caso. Quanto a fiscalização das pessoas que trabalham terceirizadas, nossa empresa atua com treinamentos de alto nível para qualificar os funcionários, mas a partir de agora serão adotadas medidas mais rigorosas de acesso ao local".
O vereador José Salvador Moreira (Dé Pedreiro), presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal, contou que os dejetos foram jogados em um local distante do ribeirão Paciência. "Nós constatamos que há divergências de informações entre o que mostra o vídeo e o que constatamos, por isso decidimos que as explicações serão dadas em uma audiência pública, que será realizada pela Câmara".
O presidente do Poder Legislativo Marcus Vinícius Rios Faria (Marcão), também participou da visita. "Nossa preocupação como representantes do povo é com apuração dos fatos. Vmaos realizar uma audiência pública nesta quarta-feira, dia 19 de dezembro, às 19 horas, no plenário da Câmara para esclarecer todas as dúvidas e pedir que providência sejam tomadas pelas autoridades competentes. É importante que o cidadão que fez a denúncia também compareça para dar as devidas explicações. A Câmara está intermediando esta audiência, mas a responsabilidade para apurar as denúncias fica a cargo da ARSAP, da Prefeitura e do Ministério Público".