Na noite desta terça-feira (27), a Câmara Municipal de Pará de Minas realizou uma audiência pública com o objetivo de debater questões relacionadas à saúde mental nas escolas. O evento que contou com a participação de educadores, representantes das secretarias municipais de educação e saúde e da Superintendência Regional de Ensino, abordou ideias que possam contribuir para o Projeto de Lei nº 40/2023, apresentado na casa legislativa, que visa estabelecer no município o “Programa de Inteligência Emocional - um olhar à saúde mental”, direcionado a crianças, adolescentes, familiares e profissionais da rede municipal de ensino.
Para a psicóloga Marina Saraiva, Coordenadora de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde de Pará de Minas, foi uma proposta importante para a construção coletiva de novas ações destinadas à saúde mental, especialmente no contexto das crianças e dos adolescentes nas escolas. “Nossos serviços de saúde mental têm recebido um número significativo de crianças e adolescentes que sofrem intensamente de transtornos mentais, resultando em diversos prejuízos para suas famílias e relacionamentos. Além disso, outro aspecto preocupante que observamos é o adoecimento dos professores, supervisores e demais profissionais da escola, que muitas vezes apresentam sintomas de depressão e ansiedade, causando prejuízos em suas relações e no desempenho de suas funções. Portanto, é essencial abordar a saúde mental na escola, não apenas para crianças e adolescentes, mas também para adultos, educadores e toda a comunidade em geral”, disse.
O autor do projeto de lei, vereador Marcílio Magela de Souza ficou satisfeito com o resultado da audiência. “Foi extremamente significativa. Havia um número expressivo de participantes, algo que eu não presenciava há muito tempo em uma audiência pública. A presença dos profissionais de saúde foi fundamental e contribuiu muito para a elaboração do projeto. Recebemos ideias valiosas que visam aprimorá-lo, e as pessoas ainda se prontificaram a trazer novas sugestões para enriquecer o projeto. Nosso projeto será submetido à votação, e temos certeza de que não ficará apenas no papel. É um projeto que será efetivamente implementado, com o objetivo de concretizar o que foi proposto. Contamos com a presença do secretário de saúde, que nos assegurou que essa não será apenas mais uma lei. Trata-se de uma lei que será aplicada nas escolas municipais e terá total validade”, disse Marcílio.
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